sexta-feira, 2 de abril de 2010
Robô
Aquela parte do seu corpo se mostrava despida de carne. Parafusos, porcas ,arruelas e molas saíam-lhe pelo corpo como se sentissem atraídas por algum imã ou como se quisessem pertencer àquela dobradiça ou fechadura.
Andava pela rua com sua cadência habitual...olhava como se na sua frente se abrisse o vazio.
Parou. Tinha alguma coisa de errado com ele... afinal, toda aquela ferragem lhe saindo do corpo, não era humano.
Estava em frente a um ferreiro, que, depois de observá-lo, perguntou:
-O que o senhor deseja?
Seu corpo tremeu fazendo um barulho enorme... o óleo começou a escorrer-lhe pela cara...as molas do coração se esticavam e contraíam rapidamente.
E de repente ele falou:
-Pane...pane...não tenho registro ...não tenho programação...não conheço esta palavra...desejo...pane ...pane!
E estourou.
Márcia Sartorelo Carneiro em 23/01/1977
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os robos nao sentein nada corporal
ResponderExcluirÉ isto mesmo Bruno. Só que eu desconfio que este robô queria muito sentir alguma coisa corporal.
ResponderExcluirBj.
Titia.
Esse queria sim
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