segunda-feira, 19 de julho de 2010

Como (des) fazer um caminho

Tecer, Enlaçar vazios, Contornar buracos. Linha saltitando apressada sobre a agulha, Fechando espaços, Definindo estradas. Tocar, Abraçar os fios, Enluvar tecidos. Pontos se perfilando apertados sobre a superfície nua. Criando textura, Virando brilho. De repente - um corte- Rompem-se amarras! Fios soltos tentam desesperadamente se fechar em nós. Desmancham buracos, Apagam rastros. Resta - o horror da carne sem tessitura! Mas ... de novo... Restam fios – pra tecer vazios! Restam mãos - pra tocar tecidos! Restam pontos - pra traçar caminhos!

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